Florianópolis em 3 dias

Três dias foi pouco, mas para minha vida corrida foi satisfatório. Nem todos os dias o sol esteve presente. Se estivesse, provavelmente a opção seria passar metade do dia no Santinho, aproveitando a praia, eleita por mim, a melhor de Floripa e não teria como conhecer outras. Há males que vem para o bem. Abaixo, marcado no mapa, o que consegui ver...



Escolhi um vôo noturno, chegando em Florianópolis às 21:00 de uma quarta-feira, dia de jogos dos campeonatos estaduais. Logo, consegui validar "in loco", o tal engarrafamento fo entorno do Ressacada, estádio do Avaí, que na data venceu o Figueirense. Pelo papo com o taxista, esse ano as coisas vão ficar mais quentes no futebol catarinense, já que ambos encontram-se na série A do Brasileirão. Fiquei pelo hotel mesmo, pois estava mega cansada, depois de semanas de trabalho com média de 13 horas diárias.

Na quinta pela manhã, meu amigo chegou, tomamos café e seguimos rumo ao centro para alugar um carro, facilitando nossa mobilidade. No caminho, paramos para fotos no principal cartão postal da cidade: a ponte Hercílio Luz, desativada desde 1982, tombada pelo Patrimônio Histórico. Passamos pela Lagoa da Conceição e almoçamos na Barra da Lagoa, com direito a visita ao Projeto Tamar e então seguimos para a Praia Mole, finalizando na famosa Praia da Joaquina, todas no litoral norte da ilha.


 Ponte  Hercílio Luz - Uma das maiores pontes pênseis do mundo teve sua construção iniciada em 14 de novembro de 1922 e foi inaugurada a 13 de maio de 1926. Seu idealizador, o então governador Hercílio Luz, morreu antes de finalizada em 1924, mas deixou a dívida que só foi liquidada em 1978.
O comprimento total é de 819,471m, com 259m de viaduto insular, 339,471m de vão central e 221m de viaduto continental. A estrutura de aço tem o peso aproximado de 5.000 toneladas, e os alicerces e pilares consumiram 14.250m³ de concreto. As duas torres medem 75 m, a partir do nível do mar, e o vão central tem altura de 43m. Anteriormente, a travessia era feita por balsas.

Lagoa da Conceição - Situa-se no centro geográfico da ilha e é caminho obrigatório para quem quer chegar às praias da parte norte. Os dois mirantes são de deixar o queixo caído, sendo parada obrigatória.






Barra da Lagoa - Oficialmente, a praia da Barra da Lagoa conta com 650m. No entanto, a falta de algum acidente geográfico que a separe da praia do Moçambique faz com que a orla tenha mais de 8km de extensão, propiciando longas caminhadas nas areias brancas e finas. O mar possui ondas suaves, que permitem a prática do surfe mas não assusta os banhistas mais inseguros. Isso acontece porque as grandes ondas provocadas pelo mar aberto são freadas pela correnteza do Canal. Nesta praia, há a instalação de um Projeto Tamar.


Praia Mole - Areia macia deu origem ao nome da praia que é point do surf e das baladinhas nos vários bares. Para a galera GLS, o Deca é o point.


Joaquina - Praia badalada. Um belo mirante de pedras ao lado esquerdo é um charme a parte.




No segundo dia, o tempo piorou e optamos por conhecer o Centro, passando pela grande praça central, conferindo a famosa figueira, o mercado público, o museu Victor Meireles e a Catedral Metropolitana.

Almoçamos em Jurerê, paramos na Praia Daniela e curtimos uma chuvinha fina no Costão do Santinho. Se amei essa praia com chuva, fico imaginando com sol...



Ainda houve tempo de passar por Santo Antonio de Lisboa, cidade histórica miudinha com casario colonial muito bem conservado. Paramos para tomar um café em um dos bares a beira da praia e a fundo lá estava a Ponte Hercilio Luz novamente.



















Último dia e tomamos o rumo invertido: o sul da Ilha, lado não muito famoso, mas muito mais interessante que o norte. A estrada acompanha em paralelo a linha da água, dando a impressão de um palmo de distância. Primeira parada no Campeche, onde acontecia uma travessia entre a praia e a ilha de mesmo nome. Fiquei lembrando do tempo que eu era menos sedentária e nadava bem...
Rodamos de carro até o fim e retornamos pelo outro lado. Almoçamos em Ribeirão da Ilha e fomos unânimes em eleger o lugar mais interessante de Floripa. Até o cemitério me chamou atenção.



Em suma, foi pouco, mas foi ótimo... descansei, cravei mais uma tachinha no mapa do Brasil, curti a companhia do "meu amigo do peito, irmão, camarada", aprendi que dias sem sol são apenas dias mais lentos e descobri que gosto de comida mexicana.

Cabe recomendar:
TAM-MASTERCARD - Programa Surpreenda - Pague um e ganhe o pacote do acompanhante, como viajei com meu amigo, dividimos por dois... uma barbada!!
Hotel Porto da Ilha - Café da manhã dos deuses, quarto confortável, excelente atendimento e bem localizado.
Muqueca da Ilha - O comandante da cozinha, Any, faz a diferença pelo atendimento eficiente e amigável. Excelente escolha nossa ao abandonar a mesa do Ostradamus, onde ficamos esperando por 20 minutos sem que nem uma cerveja fosse servida.
Guacamole - Restaurante mexicano mega divertido.
Caldo de cana com limão - Há muitas barraquinhas espalhadas... tomei em três pontos diferentes e não consegui eleger o melhor.


Fato marcante:
Em Santo Antônio de Lisboa, paramos para tomar café em um restaurante que não servia café. Ainda que não tivéssemos almoçado lá (estávamos realmente de passagem), o garçom passou o café na maior boa vontade e quando fui pagar, não quis cobrar. Ainda há gentileza nesse mundo!